Monday, May 30, 2011
final cut express auf deutsch
Monday, May 23, 2011
Friday, May 20, 2011
Estudo do livro Nosso Lar
Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito de André Luis
Capítulo 22 – O Bônus-Hora
Tópicos para Estudo
“Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos.”
Oscar Wilde
Trabalho e Remuneração
É impressionante notar como tudo no universo se completa, e, ao analisarmos profundamente certas questões, vemos como tudo retorna para o mesmo ponto de partida. O movimento constante evolutivo, em todos os seguimentos da existência, segue os mesmos princípios cíclicos, onde tudo age e reage. Nesse capítulo, André Luiz aborda com as narrativas preciosas de Dona Laura a questão da qualidade e da valorização das diversas formas de serviço, assim como das expectativas pessoais de cada indivíduo. Veremos que, a questão da remuneração segue os mesmos princípios. Que reações/remunerações buscamos de nosso trabalho?
O “Bônus-hora”, a forma de remuneração empregada na colônia de Nosso Lar, é estruturada de muito mais abrangente que somente o pagamento a um serviço prestado. Não somente horas de trabalhos são contabilizadas; a qualidade moral, a dedicação e boa vontade são levadas primordialmente em conta.
O celeiro fundamental é propriedade divina.[1]
Nem todos têm acesso igual às necessidades básicas para sobrevivência - a igualdade de direito ao patrimônio comum ainda é considerado uma utopia em nosso planeta. O homem toma para si como propriedade o que a natureza fornece a todos. Os que têm acesso à todas as necessidades básicas de sobrevivência (água potável, alimento e vestuário) desde o nascimento no planeta são infelizmente considerados privilegiados. O custo, muito alto, não é acessível a grande parte da população terrena. Da minoria favorecida, prevalece o abuso e o desperdício constante. Triste realidade, que líderes mundiais não tem isso como preocupação. Perdoem a minha ignorância caso esteja errada, mas não vejo nenhuma discussão sobre o assunto entre os líderes, nem a preocupação de tentar prover a todos o básico. Cada um cuida de si, de sua família, de seu país, e não do mundo. Um dia, um dia, talvez...
Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação.
Nada existe sem preço, e para receber é indispensável dar alguma coisa.
Pedir, portanto, é ocorrência muito significativa na existência de cada um.
Tudo na vida tem um preço. Não preço no sentido da moeda somente, e sim em pensarmos que nada feito é em vão. Por isso devemos sempre pensar em ações, pois as reações também podem ser consideradas como “preço.” Cada passo na caminhada evolutiva representa um mérito alcançado – a “remuneração” suprema. Sempre afirmo: do nada, nada acontece. Essas são as regras, simples, justas e sempre vigentes. É importante entender essa remuneração não como recompensa ou castigo, mas sim como a única forma que os seres ainda estão capazes de entender o seu progresso. Progredir é bom, traz coisas boas, faz sentido.
Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada.
Não importa trabalhar somente, o mais importante é saber servir. Doar o pouco que se sabe ou tem com a alma abnegada de amor. Nada como ofertar sem esperar em troca. “Cooperar no engrandecimento do patrimônio em que vivemos” é fundamental ao progresso e bem estar do homem. Compartilhar, proporcionando igualmente a todos acesso aos bens primários deveria de constituir meta pessoal de cada indivíduo.
A natureza do serviço é problema do mais importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto apresenta solução mais difícil.
Toda a remuneração na Terra é ainda baseada na autoridade do serviço. Quando o crescimento profissional, para os padrões terrenos, atinge o sucesso e a prosperidade, raros são os que se dão conta da responsabilidade para com os que sofrem ou passam dificuldades. Alcançar patamares superiores em funções de serviço também não é produto da sorte ou do acaso. Sempre é fruto de diversos fatores, especialmente o esforço pessoal e o apoio alheio.
Se você obteve sucesso profissional, certamente deveu-se a muitos, que, direta ou indiretamente proporcionaram possibilidades para que seu esforço e planos se consolidassem.
Considere em especial o apoio supremo do Criador, que concedeu nessa existência a oportunidade do aprendizado nos setores mais altos da responsabilidade do serviço ao próximo na Terra. O dever moral dos que estão em cargos que envolve decisões sobre o futuro e felicidade de seus subalternos é proporcional à remuneração exigida pelos que trabalham – enorme. Todavia, este dever é comumente esquecido perante outras exigências que são consideradas mais importantes.
A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana.
Nos planos espirituais superiores, não se especificará teor de trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos.
Que importa o que faço? O que realmente é importante são as necessidades vigentes. Em outras palavras: a tarefa. De que adianta um ser um supremo expertise em uma área não necessária? Quem pode definir com precisão qual tarefa é mais importante? Todas são importantes, do ponto relativo e absoluto. Se existe um trabalho, uma tarefa, esta é que importa. Se, num laboratório, a limpeza não for mantida, de nada adianta o trabalho de muito cientistas, se uma babá não realiza bem o seu trabalho, como a mãe poderá exercer seu cargo de executiva? – assim como na natureza, tudo se encadeia, tudo funciona e é essencial. O trabalho das abelhas é tão importante para o equilíbrio do planeta quanto a de um humano, ou de um micróbio ou de uma bactéria.
Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório.[...] O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual.
As aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades.
GANHAR, APROVEITAR, COOPERAR, SERVIR[2]
Por mais difícil que a lutas da vida possam parecer, cada um recebe sempre o mínimo para que o aprendizado em uma encarnação se concretize. Vendo as barreiras como oportunidades de crescimento, pode-se aproveitar o momento e prosperar. A providência divina estará sempre atuando concomitantemente com cada um, para que o progresso espiritual se realize. Com o progresso, o homem deve cooperar, servindo ao próximo e ao ambiente que vive. Com isso, o ciclo retorna, pois ao final, o indivíduo é sempre o que mais ganha com o benefício proporcionado. Ganhando mais, aproveita mais, coopera mais e serve cada vez mais...Pensem nisso.
Nota informativa:
Esses estudos estão sendo realizados por Andréa Botelho em colaboração aos serviços do Grupo Z.V.S.-Berlin e.V. – www.zvs-berlin.de
Maiores informações sobre esse estudo: andrea.botelho@zvsberlin-de
Texto em anexo para reflexão:
REMUNERAÇÃO ESPIRITUAL
Quando o trabalho, no entanto se transforma em prazer de servir, surge o
ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado. E, quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da Justiça Terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado algum benefício aparece em nosso auxílio, já que semelhantes se convertem em advogados naturais de nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou
suprimindo-as, de todo, se já tivermos regado em amor aquilo que devíamos
em provação ou sofrimento, para a retificação e tranqüilidade em nós mesmos.
Reflitamos nisso e concluamos que trabalhar e servir, em qualquer parte, ser-nos-ão sempre apoio constante e promoção à Vida Melhor.
Emannuel (espírito) / psicografia de Chico Xavier. Livro: Perante Jesus.